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Rainha do pífano: conheça Zabé da Loca, artista que completaria 100 anos em 2024

Artista foi reconhecida apenas aos 79 anos e é expressão da cultura paraibana

Nascida em 12 de janeiro de 1924, em Buíque (PE), Isabel Marques da Silva, conhecida como Zabé da Loca, completaria 100 anos nesta sexta-feira (12). O apelido vem por ter morado por mais de 25 anos em uma loca de pedra (pequena gruta), na cidade de Monteiro, no Cariri paraibano.

Pifeira e compositora, Zabé da Loca aprendeu a tocar ainda criança e foi descoberta aos 79 anos pelo Projeto Dom Helder Câmara, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em 2003. Com a saúde debilitada e já havia alguns anos diagnosticada com Alzheimer, Zabé faleceu de causas naturais no dia 5 de agosto de 2017, aos 93 anos, em Monteiro.

Rainha do Pífano, Zabé gravou, no final da década de 1990, Da Idade da Pedra, seu primeiro CD. Em 2003, foi a vez de Cantos do Semiárido, com músicas de sua autoria e uma versão de Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Nesse ano, foi morar em uma casa no Assentamento Santa Catarina, em Monteiro, lugar que hoje funciona a Associação Cultural Zabé da Loca.

Zabé da Loca e sua banda. / Foto: Ricardo Peixoto, 1997. Reprodução.

Em 2004, em São Paulo, Zabé da Loca se apresentou com o multi-instrumentista Hermeto Pascoal, no Fórum Cultural Mundial. Em 2007, gravou o CD Bom Todo. A direção de Da Idade da Pedra e de Bom Todo foi feita pelo músico Rivers Douglas, participante da banda Pife Perfumado.

Zabé da Loca é um símbolo de resistência da cultura nordestina. “Tocar as músicas que Zabé tocava é sempre se tocar e se encantar”, relembra Rivers ao falar sobre a importância de manter viva a memória da pifeira e de como foi ter a experiência de compor e tocar com a artista.

Em sua rede social, Rivers exalta a importância de Zabé. Ele conta que “iríamos ter uma apresentação da Banda de Zabé da Loca no Lima Penante, em João Pessoa; e show de Escurinho e Labacê, isso lá em meados dos anos 90…também estavam hospedados uns artistas de Brasília do Celeiro das Antas, no dia seguinte, depois do café estávamos batendo papo com Zabé, mestre Livino, e uma garota perguntou: Zabé de onde vem sua inspiração, sua música?…Zabé levantou as mãos e disse “a música está aqui!”.

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